Day 11 — Uma pessoa que já faleceu, com quem gostarias de falar.
O meu avô.
O meu avô morreu com trinta e poucos anos.
Naquele momento tinha 5 filhos(4 raparigas e 1 rapaz) do qual a mais velha tinha 12 anos e a mais nova tinha ano e meio.
Foi muito duro para a minha avó passar a morte dele, principalmente porque foi de atropelamento, porque foi de repente, porque era o homem da vida dela, porque era novo, porque tinha uma vida perfeita, porque estava tudo a correr bem, porque tinha 5 filhos, porque tudo era bom, tudo era óptimo. E aconteceu. De um momento para o outro num dia obscuro de Novembro, em que ele estava na beira da estrada a combinar com um dos seus amigos a habitual saída para a caça ao fim de semana, até que passou um camião, e sem se aperceber um daqueles ganchos que os camiões têm para fora, prendeu-se ao casaco do fato e levou-o pendurado, até que a roda do próprio camião o enrolou e levou-o assim. Morreu ali. Morreu sem dizer porque. Sem deixar oportunidade de despedidas. Foi de forma tão rápida. Tão insensível. De forma BRUSCA. Ele não merecia. Ninguém merece. Hoje é o dia em que eu tenho medo de camiões por isso. Talvez não seja medo, mas sim ÓDIO. ÓDIO porque foi um daqueles que levou o meu avô cedo demais, foi um daqueles que fez com que eu não tivesse oportunidade de o conhecer, e toda a gente diz tão bem dele.
Quero conhece-lo. Queria falar com ele.
Quero ter o avô que nunca tive porque o tiraram sem pedir ...
O meu avô morreu com trinta e poucos anos.
Naquele momento tinha 5 filhos(4 raparigas e 1 rapaz) do qual a mais velha tinha 12 anos e a mais nova tinha ano e meio.
Foi muito duro para a minha avó passar a morte dele, principalmente porque foi de atropelamento, porque foi de repente, porque era o homem da vida dela, porque era novo, porque tinha uma vida perfeita, porque estava tudo a correr bem, porque tinha 5 filhos, porque tudo era bom, tudo era óptimo. E aconteceu. De um momento para o outro num dia obscuro de Novembro, em que ele estava na beira da estrada a combinar com um dos seus amigos a habitual saída para a caça ao fim de semana, até que passou um camião, e sem se aperceber um daqueles ganchos que os camiões têm para fora, prendeu-se ao casaco do fato e levou-o pendurado, até que a roda do próprio camião o enrolou e levou-o assim. Morreu ali. Morreu sem dizer porque. Sem deixar oportunidade de despedidas. Foi de forma tão rápida. Tão insensível. De forma BRUSCA. Ele não merecia. Ninguém merece. Hoje é o dia em que eu tenho medo de camiões por isso. Talvez não seja medo, mas sim ÓDIO. ÓDIO porque foi um daqueles que levou o meu avô cedo demais, foi um daqueles que fez com que eu não tivesse oportunidade de o conhecer, e toda a gente diz tão bem dele.
Quero conhece-lo. Queria falar com ele.
Quero ter o avô que nunca tive porque o tiraram sem pedir ...
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