Coração, Coração

sábado, 11 de junho de 2011



Hoje era obrigatório escrever. Hoje era obrigatório deixar uma marca, deixar umas palavras. Hoje era obrigatório por várias razões. Inicialmente porque hoje é dia 11, também porque hoje faz um ano de uma reviravolta e de um ódio profundo contra mim própria, porque hoje voltei a vestir o casaco que à muito não vestia, e porque hoje recebi uma mensagem fantástica, e principalmente sobre um assunto que desde quinta que me atormenta, e que não vou mentir, pois já tentei escrever sobre ele, e acabo sempre por apagar, pois nunca fica bem. Hoje não vou ter isso em atenção, vou escrever pois hoje tenho mais que um motivo tenho mais que uma obrigação.
 Posso dizer que as saudades não é um sentimento instantâneo, as saudades não aparecem logo no primeiro dia, logo na primeira ou segunda semana. Não! As saudades aparecem com o passar do tempo, as saudades são como o cancro, se não curarmos a tempo, nunca mais conseguimos superar. As saudades, deixa-nos infelizes e não realizados. As saudades atormentam-nos, as saudade ficam nas pequenas coisas, as saudades nunca querem ir embora, as saudades estão proporcionalmente directas com o tempo. As saudades é um doença a longo prazo. A saudade começa a destruirmo-nos. É muito fácil os primeiros tempos, á fácil dizer que é fácil, é fácil abanar com a cabeça. O mais difícil é saber que tudo o que dizemos é mentira. É mentira dizer que estamos felizes pois não estamos. É difícil dizer que foi a melhor decisão, pois não foi. É difícil dizer que é para sempre mesmo não o querendo fazer. É difícil desistir quando se quer lutar. E agora que já passaram alguns meses, tenho um enorme nó nesta garganta, tenho algo que me sufoca e que preciso mesmo de libertar. As saudades moram aqui no meu coração, e não me deixam seguir em frente. As saudades fecharam-me numa cave sozinha, rodeada de fotografias, filmes, medalhas, diplomas, sapatilhas, e equipamentos. As saudades fazem-me cada vez mais gostar das coisas. As saudades fazem-me acreditar que ainda á coisas que vale a pena lutar na vida.
Quanto ao assunto de quinta-feira ainda me custa muito a crer, quer dizer eu não quero acreditar, eu quero fingir que talvez seja um sonho mau. Eu quero creditar que não é mesmo a ultima vez, e espero mesmo que não. Eu sempre tive uma esperança, existiu sempre uma luz branca ao fundo do túnel que me fez acreditar, só espero mesmo que não seja o comboio em sentido contrário. Quanto ao facto de fazer um ano, quer dizer um ano e não sei quantos dias, só tenho a dizer uma coisa: Foste a coisa com que senti tanto ódio e prazer. E acredita que  nunca mais serei o tipo de mulher que pergunta: Onde foi que eu errei? E sabes porque? Deitei muito as culpas em mim, quando não as tinha em nada. Hoje sinto-me muito bem assim!
 Ao facto de ser dia 11, perturba-me um pouco é verdade, pois este onze sempre foi algo que me surpreendia, apesar que cada vez mais me sentia mais desiludida pois sabia que aquelas coisas que eu sentia não eram iguais. O facto de ultimamente me ter saído o numero 137 (numero perfeito) 5 vezes numa semana, nas tampas das garrafas de água assusta-me. Vejo, como um sinal!


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