Coração, Coração

domingo, 24 de julho de 2011

Breathe Again




Tenho a certeza que a vida é feita de tempos. É preciso é viver as coisas nos tempos certos, com as pessoas certas. Voltei relativamente à tempo, e de uma coisa eu tenho a certeza fez-me muito bem, muito bem mesmo ver Bragança, conhecer Bragança, viver Bragança, respirar Bragança, fez-me muito bem fugir daqui. Um dia mais tarde posso-me vir a arrepender muito de ter ido para Bragança numa semana bastante decisiva para os exames nacionais, mas na verdade eu tinha mesmo de o fazer, eu tinha mesmo de fugir daqui, eu precisava de fazer uma espécie de retiro e tirar algo da cabeça, tirar algo de mim, e chegar ao fim com muitas certezas. Precisava de ter tempo com a melhor amiga que já não tinha mesmo à muito, muito tempo. Precisava muito mesmo de estar com três pessoas muito especiais para mim (Si, Mi, Ba) precisava de sentir o carinho, a amizade, e sentir sobretudo que nada morre enquanto lutamos por ela, enquanto damos madeira para a fogueira e enquanto damos água à planta. Eu precisava de saber que elas estão lá, e precisava de saber que independentemente do nosso futuro estaremos todas cinco unidas, e tenho a certeza que estes cinco dias deram para muita coisa. Muita coisa mesmo, ao qual não consigo explicar… Não consigo mesmo. Aliás existiu tantos momentos que me marcaram que é muito difícil escolher um, dizer assim: “Isto foi Bragança” porque é mesmo impossível. Bragança englobou tudo meu deus. Ri, chorei, senti saudades, culpa, surpresa, felicidade, preocupação, descuido tudo. Foi comer pizzas durante a madrugada, foi estar no (115) no (180), foi a cena do anfiteatro ao ar livre (ruínas) do qual não me vou esquecer, vou canoa, foi Pistachos, foi rir, chorar, achocolataria, esquece… Foi tudo e mais alguma coisa. Talvez um dos momentos que guardo mesmo com muito sentimento foi quando a tuna começou a cantar “Amigos para Sempre” e não aguentei, chorei. Descaí um bocado, porque ali pensei que aquela poderia ser a ultima vez e então tive medo, tive muito medo, e foi quando a Mi abraçou-me e eu pensei: “Isto não pode ser a ultima vez” e não pode mesmo. Todas aprendemos mais um bocado, não só a nível de conhecimentos mas de vivências, e fico mesmo muito orgulhosa de tudo o que se passou lá. E tudo isto faz uma pessoa pensar, só o sossego do local faz-nos reflectir, e ter uma perspectiva diferente das coisas. Eu precisava disto. Precisava de ver que as coisas por vezes não são tão más, nós é que exageramos nos termos, exageramos nas palavras deprimentes e acabamos por nos contagiar a nós mesmos, fazendo com que se deixe transparecer a infelicidade para nós, e deixamos a vida passar, a vida passa e nós não dá-mos conta, enquanto que existem oportunidades que devemos agarrar e saber que temos de vivê-las. Ninguém tem uma vida fácil, ninguém vive num mar de rosas, nem ninguém nunca passou um momento mais difícil. As coisas más passam por todos nós. Estes dias fizeram-me esquecer, sem dúvida, todos os meus problemas, todas as minhas duvidas e anseios. Estes dias deram-me descanso, deram-me alegria e deram-me vontade de viver cada vez mais intensamente. Estes dias fizeram-me esquecer das notas dos exames nacionais e pensar que a 2ºfase é uma 2ºoportunidade que toda a gente merece. E estes dias fizeram-me acreditar que a vida é uma sorte, a vida é de tempos. Tal como os exames á uma sorte. Eu nestes dias aprendi a dar mais valor a algumas coisas, e a ser menos piegas noutras. Nestes dias senti, o que as pessoas estavam a sentir como se estivesse dentro delas. Estes dias deram-me tantas coisas positivas. E só tenho a dizer que estes dias vieram-me mostrar que TODA A GENTE PODE SER FELIZ DA MANEIRA QUE QUISER, é só preciso parar e respirar. Estes dias tornaram-me mais forte do que aquilo que já era.

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